Setor de energia investe em educação para acompanhar mudanças
24/12/2025
(Foto: Reprodução) Durante décadas, a relação do consumidor brasileiro com a energia foi marcada pela pouca informação. A conta de luz chegava mensalmente, mas a maioria das pessoas não sabia explicar como a energia era gerada, como o valor era calculado ou se existiam alternativas ao modelo tradicional.
Com a ampliação de novos formatos de consumo, como a energia compartilhada, essa falta de conhecimento passou a representar um desafio concreto para o setor. Embora o modelo avance do ponto de vista regulatório e operacional, a compreensão do público ainda evolui de forma gradual.
Esse descompasso tem levado empresas do setor elétrico a investir em iniciativas que, até pouco tempo atrás, eram pouco comuns: programas próprios de educação voltados ao consumidor e à formação de profissionais que atuam na linha de frente.
Quando o desafio é de entendimento
No caso da energia compartilhada, dúvidas recorrentes ainda fazem parte da jornada do consumidor. Há quem associe o modelo à instalação de painéis solares no imóvel, quem o interprete como investimento financeiro ou quem demonstre receio de alterar um serviço considerado essencial.
Levantamentos internos do setor indicam que a decisão de adesão está mais ligada à clareza percebida sobre o funcionamento do modelo do que a eventuais expectativas de economia. Em outras palavras, compreender como o serviço opera tende a pesar mais do que o percentual de desconto apresentado.
Esse padrão já foi observado em outros mercados que passaram por processos de transformação, como internet residencial, bancos digitais e a própria geração de energia solar para consumo próprio. Em todos eles, o avanço técnico precisou ser acompanhado por um esforço consistente de explicação ao público.
Educação antes da decisão
Diante desse cenário, algumas empresas passaram a estruturar a educação como parte central da estratégia. A lógica é simples: oferecer informação antes de estimular a adesão.
Na Alexandria, esse movimento se traduziu na criação da Lex University, um programa voltado à formação de profissionais e à disseminação de conhecimento sobre energia compartilhada, funcionamento do setor elétrico e comportamento do consumidor.
A iniciativa reúne conteúdos explicativos, trilhas formativas e materiais voltados à tradução de temas técnicos para uma linguagem mais acessível, com o objetivo de reduzir ruídos e alinhar expectativas desde os primeiros contatos.
Formação além do discurso comercial
Um dos focos do programa é a mudança no papel de quem atua no relacionamento com o público. Em vez de priorizar abordagens comerciais, a formação enfatiza a capacidade de explicar conceitos, responder dúvidas com clareza e apoiar o consumidor em decisões mais conscientes.
Essa abordagem também busca reduzir interpretações equivocadas sobre o modelo e evitar expectativas desalinhadas, contribuindo para relações mais transparentes entre empresas e clientes.
Educação como fator de maturação do setor
O investimento em educação própria reflete uma tendência mais ampla no setor energético. À medida que os consumidores passam a ter mais opções e maior participação nas decisões sobre energia, a informação se torna um elemento central do processo.
Nesse contexto, a clareza deixa de ser apenas um apoio à comunicação e passa a integrar a própria estrutura de crescimento do mercado. Em um setor historicamente técnico e distante do público final, iniciativas educativas ajudam a aproximar inovação e uso prático.
A experiência recente mostra que, para além da tecnologia e do preço, a adoção de novos modelos de consumo depende cada vez mais da capacidade de explicar, de forma simples, como essas mudanças impactam o dia a dia das pessoas.
Saiba mais sobre os serviços e modelos disponíveis no site da Alexandria.