Polícia diz não descartar nenhuma hipótese sobre desaparecimento de criança de 2 anos que sumiu de dentro de casa, no Paraná
13/10/2025
(Foto: Reprodução) Equipes fazem buscas em rio e área de mata próximos à casa de criança desaparecida no PR
A Polícia Civil afirma que não descarta nenhuma hipótese sobre o desaparecimento de Arthur da Rosa Carneiro, criança de 2 anos de idade que sumiu de dentro de casa na quinta-feira (9) em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná.
A principal dúvida levantada acerca do caso é se o menino foi vítima de algum crime, ou se saiu sozinho da residência e se perdeu ou se afogou no Rio Tibagi.
Ele desapareceu durante a manhã e, de tarde, a mamadeira dele foi encontrada no rio, que fica a cerca de 500 metros da residência, onde também há uma área de mata. Nesta segunda-feira (13), as buscas completaram cinco dias tanto em meio à vegetação, quanto na água.
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Arthur da Rosa Carneiro tem 2 anos de idade
Cedida pela família
Em nota divulgada nesta segunda-feira (13), o delegado Guilherme Barbosa de Lima, responsável pelo caso, informou que a polícia ouviu familiares, vizinhos e outras testemunhas, e que alguns "vestígios biológicos" foram encontrados e enviados para análise, para confirmar se são, ou não, do pequeno Arthur.
A equipe de investigação também busca analisar imagens de câmeras de segurança da região, e conta com o apoio de um setor especializado em casos do gênero - o Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).
"Até o momento, nenhuma hipótese foi descartada, e a Polícia Civil segue trabalhando intensamente em campo, bem como na análise de imagens e outros dados relevantes, com o objetivo de obter novas informações e prosseguir com a identificação e oitiva de novas testemunhas. [..] As diligências estão sendo conduzidas com rigor técnico e com o sigilo necessário à preservação de dados sensíveis", destaca o delegado. Veja nota completa mais abaixo.
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Buscas
À RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, familiares contaram que começaram a procurar pelo menino na manhã de quinta-feira (9) logo após perceberem que ele não estava em nenhum local da casa.
"O desaparecimento foi notado pela responsável após a criança não ser mais vista dentro da residência. Imediatamente, familiares e vizinhos iniciaram as buscas nas proximidades, enquanto o Corpo de Bombeiros acionou as forças de segurança e apoio do município", relata a Polícia Militar (PM).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, desde então as buscas contam com o apoio de cães farejadores, drones com câmeras térmicas, barcos infláveis e sonares usados para varredura subaquática.
Até a publicação desta reportagem, o único indício encontrado e confirmado foi a mamadeira da criança.
Qualquer informação sobre o paradeiro do menino pode ser repassada pelos telefones 197 da PCPR, 181 do Disque-Denúncia, 190 da Polícia Militar ou (41) 3270-3350 do Sicride.
Mamadeira da criança foi encontrada em rio próximo à casa
Adriano Santos/Rádio Itay Tibagi
O que diz a Polícia Civil
Veja, abaixo, a nota completa enviada nesta segunda (13) pelo delegado Guilherme Barbosa de Lima, responsável pelo caso:
"A Polícia Civil do Paraná, tão logo foi cientificada do desaparecimento do menino Arthur, deu início imediato aos trabalhos de investigação. Foram realizados contatos com familiares e vizinhos, bem como a análise minuciosa do local, a fim de identificar e preservar vestígios de interesse, além de localizar câmeras de segurança e obter as respectivas imagens.
Em articulação com o SICRIDE (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas – PCPR), foi acionado o Alerta AMBER, e uma equipe especializada foi deslocada para auxiliar nas investigações.
Foram formalizadas as primeiras oitivas de familiares, vizinhos e demais testemunhas. Com o apoio da Polícia Científica, os vestígios identificados foram coletados e, em regime de urgência, encaminhados para análise, incluindo dispositivos eletrônicos. Também foi realizada a coleta de material genético dos pais de Arthur para confronto com eventuais vestígios biológicos encontrados.
Até o momento, nenhuma hipótese foi descartada, e a Polícia Civil segue trabalhando intensamente em campo, bem como na análise de imagens e outros dados relevantes, com o objetivo de obter novas informações e prosseguir com a identificação e oitiva de novas testemunhas.
A Polícia Civil do Paraná solicita aos meios de comunicação e à população que evitem conclusões precipitadas ou pré-julgamentos relacionados ao caso. As diligências estão sendo conduzidas com rigor técnico e com o sigilo necessário à preservação de dados sensíveis. Ressalta-se que, até o encerramento das investigações, nenhuma hipótese deve ser tratada como definitiva, devendo prevalecer o respeito às pessoas envolvidas e o compromisso institucional com a verdade, a legalidade e a proteção da integridade da criança e de sua família".
Desaparecimento foi notificado no Amber Alert
Arthur da Rosa Carneiro tem 2 anos
Reprodução
O desaparecimento de Arthur da Rosa Carneiro foi incluído no Amber Alert, sistema de alerta em redes sociais que notifica usuários que estão em um raio de 160 km de onde a pessoa foi vista pela última vez.
O sistema auxilia na divulgação de informações sobre crianças desaparecidas e é fruto de uma parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a empresa de tecnologia Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp).
Ele foi estabelecido nos Estados Unidos e usado pela primeira vez no Paraná em agosto de 2024.
O sistema dispara publicações nas plataformas da Meta para anunciar a descrição da criança desaparecida, além de descrições de qualquer indivíduo suspeito de envolvimento no crime, caso haja algum.
A mensagem de desaparecimento fica disponível por até 24 horas nas redes sociais e pode ser repetida, desde que apareçam fatos novos sobre o paradeiro do desaparecido.
Os alertas vigentes podem ser conferidos no site do Amber Alert Brasil.
Arthur da Rosa Carneiro tem 2 anos e desapareceu em Tibagi
Reprodução - Paulo Roberto Martins/RPC
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