Pais de aluna com síndrome de down agredida por professora na Apae de Irati souberam do caso por denúncia anônima: 'É uma imagem muito brutal'

  • 28/05/2024
(Foto: Reprodução)
Apae disse que afastou a professora. Defesa da funcionária disse que se manifestará em momento oportuno. Polícia investiga o caso. Pais de aluna agredida em Apae dizem que souberam do caso por denúncia anônima Os pais da aluna com síndrome de down agredida por uma professora na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Irati, na região central do Paraná, disseram que só ficaram sabendo do caso porque receberam uma denúncia anônima. Uma câmera do circuito interno da instituição flagrou a professora Cleonice Aparecida Alessi Glinski puxando o cabelo da aluna e a empurrando para dentro da sala de aula. O g1 teve acesso às imagens que também fazem parte da investigação da Polícia Civil. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram A médica Daniele Yoshitomi, mãe da jovem agredida, conta que a família ficou em choque ao ver as imagens. Veja o relato acima. "É uma imagem muito brutal mesmo. Quando você manda seu filho para a escola, você, no mínimo, imagina que ele vai estar seguro lá dentro. Então a gente ainda está tentando absorver, a gente tá em choque com tudo isso que aconteceu." O caso investigado aconteceu em 15 de maio, mas só chegou ao conhecimento da família da jovem na última quinta-feira (23), por meio de uma denúncia anônima. Segundo a Apae de Irati, Cleonice foi afastada da instituição. A defesa da professora disse que não foi intimada sobre nenhum ato, não teve acesso a qualquer documento oficial, e que se manifestará no momento oportuno. Leia também: Governo envia à Assembleia projeto que quer terceirizar gestão administrativa de 200 colégios estaduais do Paraná Mulher que atacou jovem com soda cáustica no Paraná disse à polícia que só queria 'dar um susto' na vítima Tristeza e indignação A jovem de 19 anos, além de ter síndrome de down, tem diagnóstico deTranstorno do Espectro Autista (TEA) e é uma pessoa não verbal, ou seja, não se comunica por meio da fala. Por isso, a família diz que ela não teve condições de pedir ajuda, nem de comunicar os pais sobre o que aconteceu. "Nosso sentimento, além de indignação, de tristeza, é de que se não tivesse tido uma denúncia anônima, nada teria acontecido." Nas imagens, é possível ver que a vítima sai da sala correndo. Poucos segundos depois, Cleonice aparece na imagem, saindo da sala e puxando a aluna pelo cabelo. Com a força usada, é possível ver a jovem se desequilibrar e voltar para trás. Em seguida, Cleonice vira a aluna para dentro da sala e a empurra. Veja as imagens abaixo: Aluna com síndrome de down tem cabelo puxado e é empurrada por professora na Apae de Irati "Vendo o vídeo, a gente vê que em nenhum momento a [nome da aluna] esboça nenhum tipo de reação, está o tempo todo com os braços abaixado, sendo agredida sem esboçar nenhum tipo de defesa. Então, isso nos deixa muito revoltados, a forma que ela foi agredida sem nenhum tipo de necessidade", afirma o pai da vítima, Daniel Yoshitomi. A família conta que a filha estuda na Apae há cerca de um ano e meio. A ida para a escola sempre foi vista pelos pais como uma oportunidade da jovem, dentro das possibilidades dela, criar vínculos e fazer amizades. O pai relata que deixavam a adolescente na Apae com a confiança de que ela estaria em um ambiente seguro. "Eu acho que, como pai, quando a gente envia nossos filhos para a escola, o mínimo que a gente espera é que eles estejam seguros, que eles estejam bem, não sofrendo esse tipo de violência, principalmente da principal pessoa que a gente confia, principalmente do profissional, que é capacitado, que está como guardião, para poder proteger a integridade física e psicológica dos nossos filhos." Enquanto o caso é investigado, os pais disseram que a jovem parou de frequentar a Apae. Professora ainda deve ser ouvida Jovem foi puxada pelo cabelo pela professora Reprodução Daniel e Daniele Yoshitomi denunciaram o caso à Polícia Civil (PC-PR), em Irati, na sexta-feira (24). Eles entregaram as imagens que receberam anonimamente. Conforme o delegado Rafael Rybandt, responsável pelas investigações, nesta segunda-feira (27) testemunhas e servidores da Apae foram ouvidos. A professora também deve ser ouvida nos próximos dias. O que diz a Apae Ao g1, a Apae de Irati afirmou que Cleonice foi afastada da instituição e que pediu o desligamento dela à Secretaria de Estado da Educação (Seed). “Como a professora é uma profissional do Quadro Próprio do Magistério, cedida para prestação de serviços na Apae de Irati, o primeiro passo foi formalizar o fato por meio de ata e encaminhar ao setor competente junto à Seed para que os procedimentos legais sejam adotados com base no rege o Estatuto do Servidor. Foi solicitado pela diretoria da Apae o desligamento da profissional.” A Apae disse, ainda, que acompanha o caso junto ao departamento jurídico da instituição, dando suporte à família da vítima. A Federação das Apaes lamentou o caso e repudiou o ato de violência. “Nesse momento, cabe a nós prestar o apoio aos familiares, a aluna, e a comunidade do município de Irati, e também, acompanhar de forma integral a apuração dos fatos e as ações e desdobramentos jurídicos necessários. Reafirmamos que este fato aconteceu de forma isolada, não sendo essa a conduta das 330 Apaes que hoje prezam pelo atendimento às pessoas com deficiência em nosso estado.” O que diz a Seed A Secretaria de Estado da Educação afirmou que foi informada do caso no sábado (25). Disse, ainda, que solicitou à Apae informações detalhadas do ocorrido para início da apuração do caso por parte do Núcleo Regional da Educação (NRE). A Seed destacou que a Apae é uma instituição privada com finalidade pública, e possui termo de colaboração com a pasta. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Leia mais notícias do estado em g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2024/05/28/pais-de-aluna-com-sindrome-de-down-agredida-por-professora-na-apae-de-irati-souberam-do-caso-por-denuncia-anonima-e-uma-imagem-muito-brutal.ghtml


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