Latência e jitter: os inimigos da performance digital da sua empresa
19/11/2025
(Foto: Reprodução) Quase todo mundo já passou pela frustração de participar de uma chamada de vídeo que começa bem, mas de repente fica com a imagem travada, a voz dos participantes toda picotada e uma reunião em que uma pessoa fala por cima da outra.
Esses pequenos atrasos têm nome: latência e jitter. Enquanto no dia a dia são apenas irritantes, no ambiente corporativo eles se tornam um risco real.
Como apontam algumas pesquisas do setor de tecnologia, atrasos na comunicação entre usuário e servidor podem reduzir conversões em mais de 7%. Ou seja, um segundo de lentidão pode representar um custo direto para a empresa.
O impacto é ainda mais expressivo em operações que exigem precisão extrema, como cirurgias robóticas, em que cada milissegundo importa para garantir a segurança do paciente e o sucesso do procedimento.
Antes de nos aprofundar nos conceitos de latência e jitter, primeiramente temos que entender alguns parâmetros usados para medirmos a velocidade e qualidade da internet, começando pela capacidade do link.
O que é largura de banda?
A largura de banda indica qual é a capacidade de tráfego que um determinado link pode suportar, comumente vendido em Mbps (megabits por segundo) ou Gbps (gigabits por segundo) Para facilitar o entendimento, vamos fazer um comparativo com uma rodovia:
A largura de banda é como se fosse a quantidade de faixas que a rodovia possui, ou seja, se ela possui 2 faixas, passam apenas dois veículos ao mesmo tempo, se for de 6 faixas, passam 6 veículos ao mesmo tempo. E por que isso importa? Porque um carro pequeno ocupa a pista por menos tempo do que uma carreta.
Vale lembrar que neste momento não estamos falando sobre a velocidade em que estes veículos estão trafegando na rodovia, apenas comparando o tamanho da carga que o link pode suportar.
O que é latência?
Latência é o tempo que os dados levam para viajar do dispositivo do usuário até o servidor e voltar com a resposta, ou seja, o intervalo entre o clique e a ação. Quanto menor esse tempo, mais fluida é a experiência digital.
Medida em milissegundos, a latência para a maioria das atividades corporativas pode ser considerada aceitável se estiver abaixo de 100 ms. Mas para operações sensíveis ao tempo, como videochamadas ou plataformas industriais, o ideal é ficar entre 30 e 40 ms ou até menos.
Pense na latência como uma estrada em que as vias são os cabos, roteadores e servidores espalhados pelo caminho. Se a rota for longa, a “pista” estiver congestionada ou os “carros” trafegando forem antigos, maior será o atraso.
Resumindo:
Baixa latência (poucos ms): conexão rápida e responsiva
Alta latência (muitos ms): atraso perceptível na conexão
Pode ficar alta se houver distância física entre servidor e usuário, congestionamento de rede, largura de banda insuficiente ou roteamento mal configurado
O que é jitter?
Se a latência é o tempo de viagem dos dados, o jitter é a diferença entre essas viagens.
É como se fosse uma estrada em que todos os carros deveriam trafegar a 100 km/h, mas cada veículo mantém uma velocidade diferente, o que faz com que o tempo de chegada fique imprevisível (e a navegação se torne irregular).
O jitter é especialmente prejudicial em aplicativos de comunicação em tempo real, sendo responsável por falhas como:
Voz picotada em chamadas VoIP
Imagens congeladas em videoconferências
Atrasos e dessincronização entre áudio e vídeo
Travamentos em transmissões ao vivo
Para aplicações corporativas, manter o jitter abaixo de 30 ms é essencial. Quando isso não acontece, o que pode estar por trás são causas do tipo:
Congestionamento de rede
Interferências do Wi-Fi
Hardware antigo ou cabos de má qualidade
Rotas mal otimizadas pelo provedor
Por que latência e jitter importam tanto para os negócios?
Quando esses dois problemas atingem a conexão de uma empresa, o negócio inteiro perde desempenho.
Sites lentos, chamadas atrasadas, falhas em transações e ligações instáveis afetam diretamente a conversão e o engajamento dos clientes, resultando em experiências negativas para o usuário
Sistemas em nuvem, videoconferências, compartilhamento de arquivos e ferramentas de colaboração dependem de resposta imediata, e se houver atraso e variação na transferência dos dados pode haver mal-entendidos entre equipes, atrasos em projetos e reuniões menos efetivas, afetando diretamente a produtividade
Quando usuários enfrentam falhas constantes, eles não apenas deixam de comprar, mas sim reclamam publicamente. E isso afeta a confiança da marca e a competitividade no mercado
Como diminuir a latência e o jitter e melhorar o desempenho da sua rede corporativa
O caminho para uma rede mais rápida e estável envolve um conjunto de boas práticas, incluindo equipamentos atualizados e monitoramento constante.
Configure políticas de Quality of Service para dar prioridade a aplicações sensíveis ao tempo, como videochamadas e VoIP
Atualize a infraestrutura de rede, já que roteadores antigos, switches sem capacidade suficiente ou cabos de má qualidade aumentam a latência e o jitter
Use servidores mais próximos do usuário para reduzir a distância física e o caminho percorrido pelos dados. Hospedagens regionais e bancos de dados distribuídos podem ser aliados poderosos da conexão
Otimize páginas e sistemas para evitar imagens grandes demais e scripts externos, que aumentam o tempo de carregamento
Invista em fibra óptica, tecnologia mais eficiente para baixa latência e praticamente zero jitter. Ela é mais rápida, estável e resistente a interferências, sendo a escolha ideal para operações modernas
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