Inovações ambientais, sociais e de governança serão destaque no 2.ºSummit Iguassu Valley

  • 18/04/2024
(Foto: Reprodução)
Diretor-superintendente do Parque Tecnológico Itaipu, Irineu Mario Colombo analisa as tendências da agenda global ESG, que será uma das verticais do evento. O 2.º Summit Iguassu Valley Latinoamerica, marcado para os dias 13 e 14 de junho em Foz do Iguaçu (PR), tem entre suas verticais um dos assuntos mais relevantes do mundo contemporâneo e futuro da humanidade. O evento promoverá inovações de impacto em ESG, alinhado às necessidades ambientais, sociais e de governança. Em síntese, a sigla ESG, originada do inglês: Environmental, Social and Governance, representa um conjunto de boas práticas ou critérios que abrangem aspectos ambientais, sociais e de governança a serem considerados na avaliação de riscos, oportunidades e respectivos impactos, com o objetivo de nortear atividades, negócios e investimentos sustentáveis das empresas, além de fomentar a sustentabilidade corporativa. Como um dos principais atores do ecossistema de inovação na região trinacional, no Oeste e no Paraná, o Parque Tecnológico Itaipu estará presente no 2.º Summit Iguassu Valley Latinoamerica. O PTI tem dado grande contribuição para a construção de projetos, programas e ações em várias áreas da inovação, inclusive quando o assunto é ESG. Quem antecipa o assunto é o diretor-superintendente do PTI, Irineu Mario Colombo. Nesta entrevista exclusiva, ele compartilha informações sobre as tendências e transversalidade das verticais do evento: além do próprio ESG, educação, transição energética, agro, turismo e logística. Irineu Mario Colombo Divulgação Irineu Mario Colombo é professor, formado como técnico de eletrônica e habilitação para magistério em nível médio. É licenciado em História (FAFI-Palmas – 1986; mestre em Educação (UFPR – 2002); doutor em História Social (UNB – 2007) e pós-doutor em História da Educação (UFPR – 2016). Atuou como um dos elaboradores do Prouni e do Programa Brasil Profissionalizado e contribuiu para a criação dos institutos federais no Brasil, pelo MEC. Quais são as principais tendências em inovação e tecnologia na governança ambiental, social e corporativa? No contexto geral, as tendências em inovação e tecnologia estão caminhando ao encontro das demandas ESG no mercado. Essas tecnologias desempenham um papel fundamental para os negócios e cadeias produtivas, especialmente no levantamento de dados, análises, implementação e no processo de relatar as práticas ambientais, sociais e de governança. Podemos citar, por exemplo, as tecnologias de monitoramento ambiental, como o uso de sensores, drones e satélites para monitorar e analisar dados ambientais em tempo real. Além disso, já existem aplicativos e plataformas digitais que facilitam o engajamento dos stakeholders, ou seja, que se conectam de alguma forma com todas as partes interessadas naquele negócio ou empresa. Há também o blockchain, que atua como aliado nos processos de transparência e rastreabilidade da cadeia de valor. E não podemos deixar de falar de Big Data e ferramentas baseadas em inteligência artificial (IA), que permitem que as empresas identifiquem padrões e tendências em grandes conjuntos de dados ESG, facilitando a tomada de decisão baseada em evidências e a identificação de áreas de atenção nas operações empresariais. Na prática, de que forma o ESG pode contribuir para o desenvolvimento das empresas? Qual é o seu impacto e os seus benefícios? Empresas que adotam a metodologia ESG abrem portas para atrair investimentos, cativar clientes e reduzir custos operacionais. Dependendo do setor, é possível alinhar-se com demandas globais e acessar linhas de crédito exclusivas, com taxas de juros atrativas. No aspecto social, as boas práticas ESG promovem a retenção e satisfação dos colaboradores, impulsionando a produtividade e reduzindo a rotatividade. Além disso, otimizam o engajamento com a sociedade por meio de ações impactantes, fortalecendo a marca e consolidando uma reputação positiva como uma empresa comprometida com as causas comuns a toda a sociedade, ou seja, empresas com propósito e que geram valor de mercado em longo prazo. Como o ESG pode contribuir para as políticas socioambientais em grandes, médios e pequenos empreendimentos que impactam o meio ambiente e a sociedade? O ESG, como já comentado, é um conjunto de critérios, mas também uma metodologia a ser seguida, onde se busca identificar temas materiais, ou seja, aqueles temas mais relevantes do ponto de vista da gestão e público interno e, também, do ponto de vista daqueles que fazem parte do negócio externamente, como clientes, fornecedores, parceiros, comunidades etc. Neste sentido, ao promover este aprofundamento dos temas materiais, os empreendimentos de qualquer porte podem considerar seu planejamento estratégico, de forma mais eficaz e assertiva, com base no que realmente faz a diferença para seu público interno e externo. Por isso, entendemos que o ESG, atualmente, é fundamental quando se trata de políticas internas, como aquelas socioambientais, nas quais uma visão estratégica e bem posicionada pode impactar positivamente o contexto ambiental e social. Contudo, independentemente do porte do empreendimento, o mais importante é que a gestão esteja realmente alinhada a um propósito que vai além da lucratividade. E, com isso, meio ambiente, social e governança são considerados e valorizados em qualquer política interna. O ESG está tornando-se um fator-chave na tomada de decisão de investimentos? Por quê? A pauta ESG tem sido um dos pilares que vêm ditando as tendências de mercado, transformando os hábitos de consumo e, claro, balizando a tomada de decisão na hora do aporte de investimentos. Isso se deve ao conceito que está sendo apresentado pelo mercado: o capitalismo de stakeholders, ou seja, um capitalismo que atende não apenas aos lucros da empresa, mas também às demandas de todas as partes envolvidas na cadeia de valor de um negócio ou empresa. Por um lado, temos acionistas e investidores cobrando por transparência e responsabilidade nas práticas empresariais. Por outro, temos o poder da escolha dos consumidores, que estão cada vez mais exigentes por produtos e empresas mais responsáveis e comprometidas com as demandas globais urgentes, como a proteção dos recursos naturais, respeito à diversidade, às pessoas, aos animais, entre outros. A governança está moldando o futuro do mercado financeiro em direção a um modelo mais sustentável e responsável? Por quê? Como? Sem dúvidas, a governança tem papel fundamental na transformação do mercado financeiro, em nível global, para uma agenda mais responsável. Por quê? Bem, porque quando se fala em ESG a governança visa a um modelo mais sustentável para o meio ambiente e para a sociedade, bem como mais estruturado na prestação de contas, na transparência das informações e na resiliência econômica. E como isso tem se concretizado? É simples: pela pressão do mercado, dos acionistas, da clientela e da própria sociedade. Considero que o mercado financeiro está visando a esta resiliência financeira e um futuro mais responsável, pois em tempos de mudanças climáticas a transformação precisa ocorrer de forma estratégica. E se trata, neste contexto, de propósito: o que parece estar em consonância com a jornada ESG. Qual é a contribuição do PTI nos atuais debates e ações em torno da governança ambiental, social e corporativa em Foz do Iguaçu e na região? O PTI tem sido pioneiro na divulgação do tema ESG, desmitificando este contexto de forma diversificada, entre palestras, participações em eventos, painéis temáticos, oficinas práticas, entre outras atividades de engajamento interno e externo. Uma delas, inclusive, foi uma oficina ESG, realizada no último Summit Iguassu Valley, que reuniu representantes de vários setores para conversarem sobre os pilares ESG, incluindo-se a temática comunicação e inovação na gestão ESG. Entre 2021 e 2024, estas contribuições já impactaram positivamente mais de 1.500 pessoas em alguns municípios do Oeste do Paraná, principalmente Cascavel e Foz do Iguaçu. O papel do PTI é apresentar o conceito para diferentes públicos, em diferentes níveis de complexidade, e também mostrar que está pronto para ser reconhecido no mercado ESG, com suas soluções tecnológicas e de consultoria. Como a governança ambiental, social e corporativa pode dialogar com as outras verticais do Summit Iguassu Valley Latinoamerica: educação, transição energética, agro, turismo e logística? A governança ambiental, social e corporativa pode dialogar com essas verticais em ações que promovam a sustentabilidade, transparência e responsabilidade em cada um desses setores, fomentando, principalmente, a inovação e responsabilidade corporativa. Isso inclui, por exemplo, integrar a sustentabilidade nos currículos educacionais, incentivar investimentos em energias renováveis, adotar práticas agropecuárias sustentáveis, promover o turismo responsável e implementar políticas de logística verde. Todas essas práticas são essenciais para garantir um desenvolvimento econômico em equilíbrio com os pilares ambientais, sociais e de governança e que promovam inovação e sustentabilidade.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/acifi/summit-iguassu-valley/noticia/2024/04/18/inovacoes-ambientais-sociais-e-de-governanca-serao-destaque-no-2osummit-iguassu-valley.ghtml


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