Dentista preso no Paraná armazenava material de abuso sexual infantil em pastas separadas por idade, diz polícia
28/05/2025
(Foto: Reprodução) Arilton Pires da Silva Junior, de 30 anos, foi preso em Jardim Alegre depois que aparelhos eletrônicos foram apreendidos. Defesa do suspeito ainda não se manifestou. Delegado fala sobre prisão de dentista que armazenava pornografia infantil
O dentista Arilton Pires da Silva Junior, de 30 anos, é suspeito de armazenar pornografia infantil em pastas separadas por idade das vítimas e coletâneas. As informações são da Polícia Civil (PC-PR), que realizou a prisão do homem em Jardim Alegre, no norte do Paraná.
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Nesta terça-feira (27), dia em que ele foi preso, o delegado Matheus Macedo de Santana explicou que aparelhos eletrônicos pertencentes a Arilton foram apreendidos em outra operação, após uma denúncia. Com a quebra do sigilo, o material foi encontrado.
"Chama a atenção o elevado grau de dissimulação das condutas praticadas pelo investigado, que utilizava números telefônicos registrados em nome de terceiros, programas específicos destinados a dificultar sua identificação, além de manter participação ativa em grupos de apologia ao nazismo e disseminação de conteúdo relacionado à pedofilia", disse Santana.
O delegado Erlon Ribeiro informou que são aproximadamente dois terabytes de fotos e vídeos. Os arquivos também são de cadáveres, execuções e apologia ao nazismo.
O g1 entrou em contato com a defesa de Arilton, que ainda não se manifestou.
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Como a investigação começou
Arilton Pires da Silva Junior, de 30 anos, foi preso nesta terça-feira (27).
Reprodução/Redes Sociais
No começo de 2025, a polícia recebeu a denúncia de uma mulher, maior de idade, que afirmou que havia sido chantageada por Arilton. Ela contou que o dentista tinha fotos íntimas dela e, para que ele não as divulgasse, estava exigindo que a mulher enviasse mais imagens.
O registro do boletim de ocorrência foi feito em Manoel Ribas, cidade que fica a 47 quilômetros de distância de Jardim Alegre.
A investigação mostrou que o homem usava uma ferramenta no celular para capturar fotos com "visualização única" de mulheres e praticar extorsão. As ameaças incluíam enviar as imagens às famílias.
Há dois meses, foi cumprido um mandado de busca e apreensão em endereços do suspeito. Nos locais, foram apreendidos celulares, notebooks e HDs externos.
A apuração, com a quebra do sigilo, mostrou o material guardado. Por isso, foi iniciada a investigação sobre crimes de armazenamento e compartilhamento de pornografia infantojuvenil e apologia ao nazismo.
A Justiça e o Ministério Público do Paraná autorizaram a prisão temporária do dentista.
A polícia informou que a investigação tenta apurar se dentista participa de grupos na internet, bem como a extensão da disseminação dos materiais. Além disso, a polícia tenta identificar novas vítimas e possíveis coautores.
Até o momento, não há indícios de que Arilton teve contato físico com as vítimas.
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